Sérgio Frias, sobre a 777 Partners: ‘Tem que haver uma opção de sair da parceria sem danos, independente do que aconteça’
Quando se pensa em um dos líderes do Casaca e biógrafo do Eurico Miranda, logo se imagina que “brigará com unhas e dentes” contra a venda da SAF. Em um longo papo ao telefone por cerca de 30 minutos, Sérgio Frias não atacou a 777 em nenhum momento.
Mesmo não sendo um entusiasta do modelo, o agente político acredita que o debate agora precisa ser sobre os mecanismos de proteção do clube. Como ficará o Gigante da Colina caso a parceria não dê certo? Em contato exclusivo com o jornalista Fabio Torres, Frias expôs o seu ponto de vista.
“Todos os torcedores do Vasco precisam buscar a melhor forma de proteger o clube. Discutir minuciosamente tudo. Ninguém sabe da proposta. Isso não é o Casaca ou o Sérgio Frias falando. Qualquer torcedor que gosta do Vasco não quer uma coisa que traga benefício apenas momentâneo. Tem que fazer algo que também olhe para frente e analisar o que pode acontecer no futuro. É uma função de todos os grupos, seja da situação, posição ou influenciadores digitais. Tem que entender que um caso como esse é uma mudança radical e que todos precisam ter acesso. Todos precisam ter convicção de que não trará algo prejudicial ao Vasco”, disse Frias.
Questionado sobre a possibilidade de votar a favor da venda para a 777, caso o contrato proteja o clube completamente, Frias deixou claro que é uma possibilidade e ainda afirmou que as pessoas precisam buscar o que é melhor para o clube e não pensar em desejos próprios. “Nós entendemos que teriam outras opções, mas se vier um contrato com proteção completa pode ser que aconteça. Se o contrato trazer toda a proteção necessária, seja na base na revenda do clube, na obrigação dos títulos, pode ter certeza que haverá uma votação massiva a favor”, disse Frias, que fez ressalvas. “Poderia fazer um contrato com prazo determinado para experiência.
O problema é a venda para o resto da vida. É uma coisa para a vida inteira e isso leva a gente a se preocupar. Tudo tem que estar baseado no contrato. Tem que haver uma opção de sair da parceria sem danos, independente do que aconteça. Não tem nada a ver com política ou coisas pessoais. Tem a ver com o clube. A ideia é fazer algo que seja transparente.
Tinha que haver um período mais abrangente para que tivesse um debate mais amplo sobre o assunto”, explicou. Frias também comentou sobre a possibilidade de judicializar a venda para a 777. “A inciativa judiciária não é baseado em opinião. A Justiça só pode ser acionada se houver irregularidades no processo. Não é uma mera opinião que leva algo para a Justiça”, afirmou. Fonte: Vascaino.net
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