Durante os anos de 2018 e 2019, um apresentador brasileiro bastante famoso acabou passando por momentos conturbados em sua vida. Na ocasião, a celebridade acabou sofrendo com uma perda que, para muitos, é a maior dor possível de ser sentida: a dor de perder um filho. O famoso teve que lidar com as consequências de perder um de seus herdeiros por conta dos vícios em drogas e, outro, por depressão, doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Estamos falando de ninguém menos que Chico Lang, apresentador renomado no mundo esportivo. Através de uma entrevista concedida para o Podcast denominado “Inteligência LTDA”, Chico Lang comentou sobre os detalhes da perda do filho. De início, ele começou falando de Paulo, que veio a cometer suicídio. Durante a conversa, o artista abriu seu coração para o entrevistador, contando que aqueles foram os piores momentos de toda sua vida.
Chico comentou que Paulo havia se suicidado no dia 9 de dezembro, quatro anos atrás, demorando para conseguir acha-lo, uma vez que o rapaz havia pulado de uma janela do banheiro, local onde, de acordo com o apresentador, não passava ‘nem uma mosca’. Chico ainda desabafou, afirmando não saber como ele havia conseguido pular, revelando que o filho estava muito mal.
Em sequência, o famoso comentou que uma das insatisfações de Paulo era trabalhar com ele para as campanhas de deputado. Comovido, Chico afirmou que o filho lutava muay thai, boxe, e corria quatro horas por dia, dia sim, dia não, tendo saúde para dar e vender.
Logo em seguida, o apresentador afirmou que, quando Paulo ainda era pequeno, havia ajudado a comprar o apartamento onde moravam, por achar que iria gostar do prédio. “Ele falou: ‘pai, vai ver esse prédio. A mãe não gostou, mas eu gostei. Você vai gostar, conheço seu gosto”, disse ele, durante o bate-papo.
RELEMBRE
Chico diz que a perda dos filhos em dois anos seguidos “foram dois baques muito fortes”, e não deixou de comentar como a sociedade enxerga as pessoas que têm vícios químicos.
“Os dois na verdade eram doentes, então o dependente químico erradamente é chamado de vagabundo, sem vergonha, aproveitador, de tudo quanto é nome, a sociedade marginaliza, mas na verdade está cometendo um crime médico, porque ele é doente”, dispara Lang.
Chico conta que conseguiu convencer Pedro a ir para uma clínica evangélica em Três Lagoas, onde passou dois anos e meio. O filho estava passando por um momento muito crítico, não comia, estava muito magro e perdendo a memória, mas conseguiu se curar do vício dentro da clínica.
“Não sou religioso, mas reconheço o bom trabalho que eles fazem”, declarou Chico quando visitou a clínica onde seu filho estava depois de dois anos de tratamento.
Lang conta que a morte de Pedro não foi fácil, mas ele teve tempo de “elaborar” e assimilar os fatos, o comentarista declara que a morte de Paulo foi mais intensa, dura e nada fácil.
“Não foi falta de médico, não foi falta de carinho, de amor, de nada disso, ele tinha uma vida super normal, uma hora a depressão bateu”, Chico acredita que ter colocado seu filho dentro dos assuntos políticos foi o ponto inicial para despertar nele uma face ruim.
“Ele levantou e disse: vou ao banheiro. A irmã foi atrás dele um minuto depois, bateu na porta do banheiro e nada. Aí meu cunhado, reservista das forças armadas, arrombou a porta e Paulo não estava lá e a janela estava aberta. Depois de 15 minutos achamos ele caído na grama atrás do prédio”, declarou Lang.
Chico Lang (Foto: Reprodução) Chico conta que viu o último suspiro do filho e que teve um momento que pensou “agora não é hora de desesperar”, buscou referência em filosofia para ter força para agir.
Hoje, Lang é comentarista dos programas ‘Gazeta Esportiva’ e ‘Mesa Redonda’, ambos da TV Gazeta, onde é Chefe de Reportagem.