Você sabia que, no mundo, uma em cada 2 mil crianças são diagnosticadas com cranioestenose? Pois, é. Para quem ainda não conhece, esta é uma deformidade progressiva que atinge a cabeça de um bebê, e se caracteriza pelo fechamento precoce de suturas cranianas. Acompanhe o conteúdo e entenda!
O que é cranioestenose?
A cranioestenose é uma condição médica em que as suturas, ou melhor, juntas do crânio de um bebê fecham prematuramente, o que acaba por impedir o crescimento normal do crânio. Isso resulta, na maioria das vezes, em uma forma anormal do crânio e pressão excessiva sobre o cérebro em desenvolvimento.
Estamos falando de uma doença capaz de causar problemas como atraso no desenvolvimento, deficiências intelectuais e problemas de visão. Em situações mais graves, pode ser necessária cirurgia de crânio para corrigir a condição.
Vale ressaltar que a cranioestenose não é causada por ações ou comportamentos da mãe durante a gravidez, mas, sim, por fatores genéticos ou mutações espontâneas.
Classificação das cranioestenoses
Existem vários tipos de cranioestenose, que são classificados baseadas na sutura craniana afetada. As principais incluem:
Cranioestenose coronal
Acontece quando a sutura coronal, que corre ao longo do topo da cabeça, fecha-se. Isso pode levar a uma forma de crânio alongada e achatada de lado.
Cranioestenose sagital
Quando a sutura sagital é afetada pode resultar em uma forma de crânio alongada de frente para trás, com um topo pontudo.
Cranioestenose metópica
Ocorre uma vez que a sutura metópica, que corre ao longo da testa, fecha prematuramente. Nesse caso, o bebê apresenta crânio triangular com uma testa estreita.
Cranioestenose lambdóide
Aqui, a sutura lambdóide, que corre ao longo da parte de trás da cabeça, é fechada. Isso pode levar a uma forma de crânio achatada de frente para trás e larga de lado.
Cranioestenose múltipla
Nesse caso, várias suturas cranianas fecham prematuramente, o que pode levar a uma deformidade craniana bem mais complexa.
Diagnóstico da cranioestenose
As craniossinostoses, como também são conhecidas, manifestam principalmente pelas alterações no formato do crânio, e eventualmente também da face, da criança, sendo um grande sinal para os médicos.
O exame comumente feito para o diagnóstico desse tipo de anomalia craniofacial é a tomografia de crânio com reconstrução 3D. Porém, como é um procedimento que expõe a criança a uma radiação intensa, é solicitado somente em casos que necessitem de confirmação diagnóstica e que demandam cirurgia.
A USG de suturas cranianas também é usada para o diagnóstico de cranioestenose ou craniossinostose. Com ela, os médicos avaliam a superfície craniana, confirmando ou excluindo a fusão das suturas do crânio.