IFSP participa de capacitação avançada sobre usinas fotovoltaicas de grande porte – IFSP

Professores se especializam em energia solar para oferecer cursos de pós-graduação e extensão

Docentes dos campi Guarulhos, Boituva, Presidente Epitácio e São Paulo, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) participaram de um curso de capacitação sobre usinas fotovoltaicas de grande porte, promovido pela SETEC com apoio da GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit). Participaram como instrutores, o professor Manoel Henrique do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e equipe técnica da empresa AEVO Solar. A Capacitação avançada sobre Usinas Fotovoltaicas de Grande Porte teve como finalidade a formação de docentes para ministrarem cursos na área de usinas de potências mais elevadas (minigeração e geração centralizada) e abordou desde o projeto até a manutenção de usinas com potências superiores a 75kW. 

Representando o IFSP, participaram os docentes Marcelo Shibuya, Alexandre dos Santos Ribeiro e Vinicius Abrantes de Souza, do Campus Guarulhos; Alexandre Ataíde Carniato, do Campus Presidente Epitácio; Cintia Gonçalves Mendes da Silva e Luís Claudio de Matos Lima Junior, do Campus São Paulo; e Felipe Augusto Ferreira de Almeida e Mario Luiz Ferrari Pin, do Campus Boituva.

Segundo Marcelo Shibuya, professor do Campus Guarulhos, a capacitação foi de extrema importância para a formação docente e a implementação de novos cursos na área. “Foi uma experiência única e bastante importante para a nossa formação docente. Foi o primeiro curso envolvendo grandes usinas ofertado para a Rede Federal”, afirmou.

Os principais tópicos abordados durante o curso incluíram projeto de usinas, simulação utilizando softwares dedicados, operação e manutenção, especificação de equipamentos, montagem e construção, além de visitas técnicas para vivenciar as atividades práticas. “Essa capacitação proporcionou vivenciar o projeto, construção e operação de usinas de grande porte, algo que não era foco das capacitações anteriores, voltadas para instalações residenciais ou comerciais”, explicou Shibuya.

O curso teve como objetivo capacitar docentes para ministrarem cursos de pós-graduação lato sensu em Energia Fotovoltaica nas unidades do Labsolar. Shibuya destaca a importância dessa formação para a oferta de cursos de extensão voltados a grandes usinas, envolvendo assuntos como projeto, construção, operação e manutenção de sistemas fotovoltaicos. “Durante o curso, surgiram várias ideias de projetos de cursos, como a implementação de cursos de pós-graduação e de extensão no campus Guarulhos”, contou.

A troca de experiências e conhecimentos com os outros participantes foi um dos pontos altos da capacitação. “A interação foi bastante rica e interessante, onde discutíamos disciplinas, carga horária e atividades práticas a serem incluídas nos cursos”, relatou Shibuya.

Uma inovação destacada por Shibuya foi a programação do curso, que combinou conhecimento teórico nos primeiros dias e visitas técnicas nos últimos dias, consolidando os conhecimentos adquiridos. “A participação de uma empresa do segmento de usinas de grande porte para ministrar parte do curso foi uma inovação significativa, mostrando de forma prática as atividades de projeto, construção e operação de usinas fotovoltaicas”, disse.

O curso de pós-graduação em Energia Fotovoltaica, previsto para ser ofertado em 2025, terá uma carga horária de 360 horas e será destinado a engenheiros da área elétrica. “Esse curso faz parte do compromisso das unidades Labsolar em oferecer formação especializada e contribuir para o fortalecimento da área de energias renováveis no Brasil”, explicou Shibuya.

Os principais objetivos da pós-graduação são a capacitação de engenheiros para fortalecer a área de energias renováveis e atender à crescente demanda por profissionais capacitados. “O Brasil está entre os 10 maiores países em energia fotovoltaica instalada, e regiões como o Noroeste de São Paulo têm grande potencial solar, atraindo investimentos de empresas multinacionais”, afirmou Shibuya.

A expectativa é formar 40 profissionais por turma e ofertar uma turma por ano. O curso abordará tópicos como projeto, instalação e operação de sistemas fotovoltaicos, gestão de energia, eficiência energética, transição energética, aspectos legais e financeiros, e atuação profissional em consultoria de energia. “Estamos trabalhando para abordar um leque maior de assuntos, para contribuir de forma mais efetiva com a transição energética e a redução dos gases de efeito estufa”, disse Shibuya.

A pós-graduação em fotovoltaica trará benefícios significativos para os alunos e a comunidade acadêmica dos campi Guarulhos, Boituva e São Paulo, capacitando profissionais para a área de energias renováveis e atendendo à demanda crescente por especialistas. “Para a comunidade acadêmica, haverá a possibilidade de multiplicação de conhecimentos, capacitando mais professores para auxiliar na oferta do curso”, destacou Shibuya.

Em termos de desafios, Shibuya menciona a necessidade de atualizações constantes dos laboratórios e equipamentos devido à rápida evolução tecnológica na área de energia solar fotovoltaica. “Temos que pensar na aquisição inicial e na constante atualização de equipamentos e instrumentos de medidas para a continuidade da oferta dos cursos”, afirmou.

Apesar de não haver planos formais para a expansão do curso para outros campi, a demanda será avaliada e, caso haja procura, outros campi poderão oferecer a pós-graduação. As parcerias com empresas do setor fotovoltaico também serão formalizadas, enriquecendo o curso e proporcionando melhores oportunidades para os alunos. “Essas colaborações são de extrema importância, pois permitem que o curso esteja sempre alinhado com o estado da arte na área fotovoltaica”, concluiu Shibuya.

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